terça-feira, 15 de agosto de 2017

DESAFIO

Desafio proposto: escrever o que vier à cabeça, neste preciso momento. Desafio aceito.

Confesso que passou pela minha cabeça marotamente considerar o desafio vencido ao fim da primeira linha, logo acima. Sairia vitorioso eis que, inegavelmente, escrevi de supetão o que me veio à mente, e concluí com um categórico “desafio aceito”, que bem poderia soar como “missão cumprida”. Seria, porém, frustrante trapacear-me a mim mesmo com tamanho cinismo. O meu drama consiste no fato de que ando escrevendo muitíssimo pouco e, com isso, a ideia de que esses tempos infecundos estejam vindo anunciar o fim deste escriba tem me apavorado ultimamente! Minhas mal traçadas, que em bons tempos já foram quase diárias, foram se tornando mais esporádicas e hoje são raras, raríssimas. Meus escritos, que outrora se impunham à minha completa revelia, hoje se batem em fuga, e isso me assombra. Portanto, vou de encontro à modorra, e escrevo.

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