domingo, 14 de junho de 2015

A SEGUNDA CHANCE

Aqui jaz um adulto infeliz
Que sempre teve tudo que quis
E que, um dia, de tanto tédio
Quis ser criança outra vez
E jogou-se do alto de um prédio
Que, por sinal, era seu
E morreu

Aqui vive um menino feliz
Que não teve tudo que quis
Mas quer bem tudo que tem
Noite sim, noite também
Sonha com um corpo que cai
De uma altura indecente
Mas acorda e esquece
Não tem posses nem precedentes
Tédio? Qual o quê?
Nunca viu nem conhece!
Abraçou a bola, foi pro campinho
E viveu.

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